O Dodge Charger R/T é um dos carros mais emblemáticos já fabricados no Brasil, ainda, foi o mais potente com o maior motor para automóveis já fabricado em nosso país.

Dodge Charger R/T 1975.

Sem dúvidas um dos grandes ícones da indústria automobilística nacional é o Dodge Charger R/T, um carro de grandes dimensões, que impõe respeito e transmite no ar a esportividade de um motor V8.

Com linhas retas e fluidas, o Dodge Charger R/T foi um veículo marcante em meio  a indústria nacional.

Parente do Charger Americano, no Brasil, a Chrysler optou por realizar mudanças que serviram para marcar o carro de uma forma (muito) positiva falando.

Inclusive, uma curiosidade é que, ao contrário do Charger Americano, o Charger Nacional não possuía faróis escamoteáveis por uma redução de custos, por isso a Chrysler optou por uma grade na dianteira que escondia os faróis. 

Isso foi um grande sucesso, os estadunidenses ficaram de boca aberta quando viram o projeto da Chrysler para o Brasil.

Sobre o Charger R/T

Os Charger tiveram início no Brasil em 1971 com duas linhas, a LS, que rendia 205 cv, e a R/T, que rendia 215 cv, sendo essa última a mais completa.

Dodge Charger R/T 1972.

Os Charger possuíam vinil preto aplicado no teto e extensão das colunas c, que eram soldadas nas colunas sem extensão que vinham nos Dart.

Com ar-condicionado, freios dianteiros a disco, transmissão manual de quatro marchas ou automática de 3, o R/T era o carro mais potente do Brasil.

R/T significa Road and Track, traduzindo, Estrada e Pista. 

Os Charger eram variações do Dart, diferente do que acontecia no mercado dos EUA, onde possuíam plataformas e carrocerias próprias.

Motorização

O mesmo motor que equipava os Dart equipava o Charger LS e R/T, porém, com modificações para gerar mais potência.

Estamos falando do motor 318 5.2 V8, com 99,3 mm x 84,1mm de diâmetro e curso, o maior motor para automóvel já fabricado no Brasil.

O motor era fabricado na fábrica da Chrysler no ABC Paulista com componentes como pistões desenvolvidos por outras indústrias nacionais.

  • Dodge Dart: 198 cv com escapamento de uma saída (escapamento simples);
  • Dodge Charger LS: 205 cv com escapamento de saída dupla;
  • Dodge Charger R/T: 215 cv, taxa de compressão maior (de 7,4:1 para 8,5:1) e escapamento de saída dupla.

Nos Dart e Charger LS, o motor era pintado de azul, já nos Charger R/T, pintado de dourado.

Dodge Charger R/T motor.
A esquerda, em dourado, o motor do Charger R/T. A direita, em azul, o motor do Dart.

Interior

O interior era marcante, confortável e conseguia entregar esportividade e luxo para os ocupantes.

Com bancos em couro, carpete e forro de teto em vinil, o Charger R/T apresentava também bom espaço interno para os ocupantes.

Interior do Dodge Charger R/T.

Estavam presentes também volante de 3 raios com o emblema da Chrysler ao centro, ar-condicionado, painel amadeirado, instrumentos com boa leitura e rádio para o conforto do motorista.

Volante do Dodge Charger R/T.

Anos de fabricação

No ano de 1979, a Volkswagen comprou a Chrysler, já em 1980, mudanças nos modelos ocorreram e não foram de muito agrado ao público.

No final de 1980, a Volkswagen adquiriu todas as ações da Chrysler em 1981. Alguns modelos Dodger foram vendidos até o ano de 1984, após, encerraram-se as vendas dos veículos Dodge no Brasil.

Os Dodge Charger R/T foram fabricados de 1971 a 1980. Durante esses 9 anos, algumas mudanças nos veículos ocorreram, mas sua essência de esportivo perdurou até seus últimos dias de vida.

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