Puma GTE Espartano verde

A Puma, uma das mais amadas fabricantes de carros esportivos fora de série nacionais e de maior êxito no mercado, fabricou um automóvel totalmente voltado para competições no final da década de 1960, com suas versões mais famosas entre 1970 e 1971.

Como não faltava experiência em competições devido à trajetória com a equipe Vemag de Competição, onde os GT Malzoni competiram, o resultado, dessa vez, também foi excelente.

DKW GT Malzoni de competição.
DKW GT Malzoni de competição.

Estamos falando de nada menos que um Puma GTE Espartano, mas muito mais que um carro de corrida.

Como o nome já diz, “Espartano”, este Puma possuía diversas modificações que o tornavam um automóvel de corrida, não possuindo nada de conforto ou luxo. Porém, o que um piloto precisava para obter o melhor desempenho e alcançar excelentes resultados em corridas, o Puma Espartano tinha.

O Primeiro Puma Espartano foi fabricado em 1968 e foi destinado para a Escuderia AF(Adriano Fernandes), no entanto, sua carroceria era fabricada com a mesma espessura das fibras de vidro utilizados nos Pumas de linha, apenas posteriormente uma fibra de espessura mais fina foi utilizada.

Puma GTE Espartano 1968 na cor amarelo da Escuderia AF.
Puma GTE Espartano 1968 na cor amarelo da Escuderia AF.
Puma GTE Espartano - Escuderia AF.

A começar pelo interior, o GTE Espartano apresentava bancos estilo concha feitos em fibra de vidro e forrados em courvin. Para os padrões da época, esses bancos eram os melhores e proporcionavam excelente aderência do piloto na posição de direção ao realizar curvas.

Havia também dois capôs disponíveis: o normal, sem ressalto, que abrigava o tanque de combustível de 40 litros, e um capô mais alto, com um ressalto chamativo que agregava mais ao visual de competições, no entanto, a finalidade era abrigar um tanque de combustível de 80 litros.

Puma GTE Espartano - Capô, faróis e interior

Ainda na dianteira, os grandes faróis auxiliares serviam para corridas noturnas e, principalmente, de longas distâncias.

A tampa do cofre do motor era maior em comparação com os GTE normais, o que deixava o vidro traseiro mais curto, no entanto, proporcionava melhor espaço para os trabalhos de reparos que precisavam ser feitos no motor, por deixar uma área de acesso maior. Isso melhorava o acesso ao motor e reduzia o tempo de reparos mecânicos.

Puma GTE Espartano tinha tampa do cofre do motor maior para permitir melhor acesso ao motor.

A fibra de vidro utilizada nas carrocerias dos Puma Espartano era mais fina para o carro ficar mais leve e melhorar a relação peso/potência.

O motor era o Volkswagen refrigerado a ar e podia vir na configuração que o cliente optasse, indo de 1600 cm³ até 2100 cm³.

Final trágico

Infelizmente, nem todos os Espartanos ficaram para contar suas histórias. Estima-se que, ao todo, dez Espartanos foram fabricados, e apenas três sobreviveram. Três Pumas Espartanos se envolveram em acidentes e o restante teve sua história perdida.

Pelos registros encontrados, sabemos que dois dos três que sobreviveram tiveram suas carrocerias modificadas, não apresentando capô alto, e algumas modificações descaracterizaram seus aspectos de Espartano para um Puma quase de produção normal.

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